Recidivas no alinhamento dentário - Terapia da Fala

11-06-2019

Se pensarmos em terapia da fala facilmente associamos esta prática clínica às alterações de articulação verbal (vulgarmente denominadas por erros de fala) mas, sabia que podemos também pensar em Terapia da Fala e saúde oral?

O que é que a Terapia da Fala tem a ver com a saúde oral?! Na verdade, tudo!!!

Quando uma pessoa apresenta uma alteração na oclusão dentária, e recorre à Ortodontia (especialidade da Medicina Dentária que corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares) com o objetivo de corrigir a harmonia e estética dentária através da utilização de aparatologia dentária, poderá necessitar de realizar tratamento na especialidade de Terapia da Fala.

Sabe porquê?

Após o término do tratamento ortodôntico (retirada do aparelho dentário), os dentes podem sofrer pequenas movimentações. Facilmente chegamos à conclusão que nenhuma pessoa deseja ter qualquer tipo de movimentação nos dentes quando finaliza o tratamento ortodôntico, mas infelizmente isto pode acontecer. Estas movimentações, ou tendência para os dentes "quererem" voltar a assumir a posição anterior, chama-se recidiva ou instabilidade pós-tratamento.

Por exemplo, a postura incorreta ou a força desequilibrada da língua, tocando (e empurrando) os dentes, pode originar essa instabilidade pós-tratamento prejudicando, e destruindo, todo o ciclo ortodôntico.

Assim, o encaminhamento para a Terapia da Fala deve ser realizado sempre que se verifique uma alteração funcional pois tem como objetivo primordial adequar tanto a musculatura orofacial quanto as estruturas (lábios, língua, bochechas, palato - que participam e influenciam nas funções de sucção, mastigação e deglutição, além de adequar a fala que pode estar alterada contiguamente).

A melhor opção é conciliar a Ortodontia e a Terapia da Fala para avaliar e corrigir a musculatura orofacial, e suas funções, para não existirem recidivas no alinhamento dentário.

É necessária uma avaliação pormenorizada de Terapia da Fala onde se identifique quais as estruturas e/ou funções que estão comprometidas de forma a realizar uma intervenção/tratamento adequado. Desse modo, após a retirada do aparelho ortodôntico, a hipótese de ocorrer qualquer recidiva é praticamente inexistente.

O terapeuta da fala deve assim realizar um acompanhamento minucioso nos casos de má oclusão, pois a manutenção da correção ortodôntica só poderá manter-se adaptada quando equilibrada com a harmonia da musculatura orofacial.

Em caso de dúvida, ou necessidade de mais informações ou esclarecimentos, fale com o seu ortodontista e procure um terapeuta da fala.

(Bibliografia; PetrellI, E. Ortodontia para a Fonoaudiologia. Lovise, São Paulo, 1994; Amaral EC, Bacha SMC, Ghersel ELA, Rodrigues PMI. Interrelação entre a Odontologia e a Fonoaudiologia na motricidade orofacial. CEFAC. 2006)

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